LIGA BETANDWIN -- 33ª JORNADA

A penúltima jornada da Superliga começou com um jogo decisivo nas contas europeias. O Nacional partia um ponto atrás do Boavista e, por conseguinte, tomou desde início conta do jogo. O Nacional teve o controlo do jogo fruto de maior dinâmica, de um pressing logo no seu meio campo ofensivo, e variedade no processo ofensivo. O Nacional tanto criou oportunidades de golo através de remates à entrada da área, de jogadas pelas alas, bem como através de lances de bola parada. O Boavista esteve muito na expectativa, apesar de se apresentar no mesmo esquema do jogo em Guimarães (4x2x3x1). A diferença esteve quer num adversário mais forte, quer nos seus jogadores ofensivos que raramente tiveram bola em sua posse. O golo do Nacional surgiu num remate soberbo por Juliano Spadacio, aos 63’. O Nacional continuou mesmo assim à procura de ampliar o marcador, passando, contudo a assumir uma toada de contra--ataque. O Boavista ao longo de todo o jogo só deu trabalho a Hilário nos últimos 20’, após a entrada de Fary. Uma vitória justa do Nacional sobre o Boavista, por 1-0, que coloca os madeirenses a um ponto do objectivo das provas europeias.

Na luta pela entrada directa na Liga dos Campeões o Sporting está a um empate de conseguir esse objectivo.
Em Vila do Conde o Sporting venceu o Rio Ave, por 3-1, num belo jogo de futebol. Ambas as equipas tentaram a vitória, oportunidades de parte a parte. A equipa da casa apresentou no onze inicial dois juniores, que deram boa conta de si: Vítor Gomes e Fábio Coentrão – a ter em conta. O Sporting fez dois golos de rajada por Nani e Liedson. O Rio Ave não baixou os braços e Milhazes de livre, com a preciosa ajuda de Ricardo, reduziu. A grande diferença esteve na consistência no sector defensivo e nas transições defensivas, como se verificou no terceiro golo dos leoninos. Nani cruzou, Mora falhou a intercepção e Danielson foi infeliz introduzindo a bola na sua própria baliza.

Na Luz a vitória foi justa, com um Benfica q.b. a bater o Setúbal, por 1-0. Os encarnados voltaram a jogar com três defesas centrais, com Marco Ferreira e Léo a fazerem as alas. O Setúbal em mais um teste para a final da Taça de Portugal jogou tranquilo, com um futebol a explorar a velocidade dos seus atacantes. O Benfica marcou por Anderson, de cabeça, num canto apontado por Miccoli. A toada em todo o jogo foi semelhante, com o Benfica sempre por cima e os do Sado a responderem através da velocidade dos seus avançados. Realce, por fim, para a estreia de João Coimbra nos descontos.

No Dragão o Porto bateu o Guimarães, por 3-1. Uma primeira etapa com os dragões a passearem as faixas de campeão e os vitorianos a tentarem chegar à baliza de Helton. Contudo, a partir dos 31’ o Guimarães começou a perder profundidade atacante, após expulsão de Paíto, por acumulação de amarelos. Na 2ª parte o Porto comandado por Lucho deu outro colorido à festa com dois golos (um de penalti e outro numa recarga a remate de Benni). Mas antes do segundo golo portista Antchouet deu esperança empatando a seis minutos do fim. Adriano nos descontos fez o terceiro. A segunda parte portista justificou a vitória, apesar da grande determinação e atitude dos minhotos. Destaque para os 85’ dos dragões sem sofrerem golos e para a entrada de Vítor Baía para os últimos 20’ – recebeu a maior ovação durante o jogo.

Na luta pela manutenção vai continuar a luta, mas com menos equipas, visto que o E. Amadora também já se encontra matematicamente a salvo.
O Estrela venceu, por 1-0, o despromovido Penafiel. Apesar de ter entrado bem no jogo, à medida que o tempo passava os nervos foram-se apoderando da equipa da casa, com o Penafiel a controlar o jogo, apesar de os penafidelenses não criarem perigo. O Estrela no segundo tempo melhorou e foi criando oportunidades finalizando por Nieto a passo de Semedo.

Em Belém um jogo fraco, com poucas oportunidades – quase tomadas do Belenenses –, num jogo com muitas cautelas defensivas. O nulo mantém Belenenses e Académica com grandes esperanças na manutenção.

O Paços de Ferreira deu mais um passo em frente ao empatar na Madeira, com o Marítimo (1-1). O inevitável Zé Carlos inaugurou o marcador para os da casa, num remate fora da área. Só a partir desse golo os visitantes avançaram no terreno à procura do empate que apareceu perto do intervalo por Bispo. A segunda parte teve menos vivacidade, com poucas oportunidades de golo.

Braga foi um dos pontos principais, por causa do Gil Vicente (1-1). Os primeiros 30’ do jogo foram do Braga com um futebol muito compacto e algumas ocasiões de golo. Aos poucos os de Barcelos foram desmontando a teia em seu torno e começaram a desfrutar de algumas situações de golo. Mas foi o Braga, de penalti, que marcou primeiro por João Tomás. O Gil Vicente manteve a crença e insistiu até Gregory empatar em cima da hora.

Por fim, a Naval afundou-se ao perder em casa com a U. Leiria (0-2). O resultado foi feito no primeiro tempo com golos de João Paulo e Maciel. A Naval ansiosa teve grandes dificuldades na 1ª parte, só melhorando na etapa complementar com as substituições que efectuou a partir do intervalo. Vida muito difícil para a equipa da Figueira da Foz.