terça-feira, abril 25

LIGA BETANDWIN -- 32ª JORNADA

Em Penafiel o F.C.Porto festejou o seu 21º título ao vencer por 0-1. Foi um jogo de sentido único, no qual os azuis e brancos não necessitaram de acelerar muito o ritmo de jogo para obterem o resultado necessário. O Porto entrou em 3x4x3, com Alan à esquerda e Adriano à direita e com Benni M. como referência. Porém, quando o Porto atacava pelos flancos Adriano juntava-se na área e era ou Bosingwa ou Raul Meireles que actuavam na ala direita. O Porto desfrutou de inúmeras oportunidades de golo com Benni (novamente a acertar no poste) e Adriano a desperdiçarem o maior número. A 2ª parte começou com o único golo apontado por Adriano na transformação de uma grande penalidade, por falta sofrida por Ibson que no seu estilo habitual de transporte de bola furou a defensiva penafidelense forçando a falta adversária. Jorginho que tinha realizado um bom primeiro tempo desapareceu do jogo devido às deambulações pelas alas. A partir dos 70’, o Porto passou a jogar claramente em 3x3x4 com a entrada de Ivanildo para o lugar do brasileiro. No Penafiel destaque para a boa exibição do guarda-redes Nuno Santos.
A luta pela entrada directa na Liga dos Campeões começou na Choupana. Uma primeira parte descolorida, com jogo muito a meio-campo. O Nacional apresentou-se sem pontas-de-lança, com A. Goulart e Miguelito na frente, pertencendo ao português a melhor oportunidade de toda a primeira parte – boa intervenção de Moretto. O Benfica entrou melhor no jogo com Simão a ter a possibilidade de marcar aos 3’. Contudo, o Benfica foi perdendo profundidade atacante, por culpa dos três jogadores que apoiavam Miccoli. O italiano foi o único a tentar importunar Hilário. Geovanni uma nulidade, Manduca não funcionou atrás do ponta-de-lança (muito melhor na 2ª parte como ala, podendo ter marcado, mas Hilário evitou) e Simão desapareceu após a oportunidade referida. A diferença de Simão para com Geovanni foi o apoio defensivo prestado pelo jogador luso – substituído, por L. Robert, antes do intervalo por lesão. Uma segunda parte dos encarnados completamente diferente, com outra dinâmica. Começou logo com um bom golo à entrada da área do avançado italiano. Manuel Fernandes subiu mais no terreno o que favoreceu o Benfica. Realce para as exibições de L. Robert e de Karagounis que evidenciaram melhor atitude e qualidade do que nos jogos que entram como titulares. O Nacional aos poucos foi arriscando e André Pinto e Ávalos deram o aviso, enquanto o Benfica baixava o ritmo atacante. Ricardo Fernandes ao cair do pano bateu Luisão (numa tarde menos feliz, já na primeira parte teve algumas falhas) num canto e restabeleceu a igualdade. O empate acaba por se ajustar pelas duas parte distintas.
O Sporting não fez melhor e empatou a zero com a Naval. Romagnoli foi a surpresa no onze. Uma 1ª parte novamente fraca da equipa leonina. O argentino só se viu nos últimos cinco minutos e ficou no balneário ao intervalo; Sá Pinto muito trapalhão também deveria ter sido substituído no final da 1ª parte; Liedson, condicionado fisicamente, mostrou-se pouco móvel. Só Carlos Martins e João Moutinho tentaram imprimir alguma dinâmica. O primeiro numa boa triangulação com Liedson isolou-se mas rematou ao lado. A Naval jogou em contra-ataque, mas só na 2ª parte pregou alguns sustos a Ricardo. Fê-lo em três situações: Nelson Veiga (63’); Lito (67’); Saulo (90’) – Ricardo evitou duas das três. Na 2ª parte, com as entradas de Deivid e Nani o Sporting mostrou outra dinâmica ofensiva. Nani ocupou muito bem os espaços nos flancos e criou algumas oportunidades de golo. A par de Nani, também Deivid e Liedson desfrutaram de boas ocasiões para marcar. Paulo Bento arriscou tudo trocando Abel por Douala. O camaronês fez uma das suas melhores exibições relativamente às últimas aparições: muito activo quer à direita quer à esquerda e tentando também o golo. Destaque ainda para a expulsão de Sá Pinto por palavras; destaque para os três jogos do Sporting sem marcar golos; e, em relação à Naval, para as exibições de Wilson Júnior e do capitão Fernando. Um resultado que penaliza o Sporting derivado, sobretudo, dos problemas que a equipa tem sentido no ultimo terço do seu processo ofensivo face a equipas mais fechadas na zona central.
Em Guimarães o pesadelo continua, com o Vitória a não ir para além de um empate a uma bola com o Boavista. O Boavista adaptou-se melhor às condições pesadas do terreno. Uma equipa reformulada perante castigos, lesões e opções técnicas. Um Boavista com um onze mais ofensivo (4x2x3x1), com João Pinto, Manuel José e Paulo Jorge a apoiar o ponta-de-lança Oravec, algo raro na equipa de Carlos Brito, principalmente, nos jogos fora. Oravec não criou situações de grande perigo, mas foi muito importante, segurando as bolas lançadas pela sua defesa e endossando-a, posteriormente, a um dos três homens que o apoiavam; e ainda “expulsou” Cléber. O Boavista praticou um futebol simples, com poucos toques, muito mais objectivo que o Guimarães. A opção por um futebol directo, desde início, valeu adiantar-se no marcador, perante um Guimarães que na 1ª parte quis fazer jus à sua filosofia: um futebol rendilhado, de pé para pé. Os atletas do Guimarães transportaram muito a bola, e tiveram três jogadores na frente sem dinâmica, estáticos, ao contrário do seu adversário, que para mais se encontrava com as “peças” bem distribuídas no campo. Todavia, os da casa foram os primeiros a criar perigo por intermédio de Benachour que atirou à barra de livre aos 4’. Mas Paulo Jorge começou a ameaçar e em contra-ataque podia ter marcado por duas vezes; tanto avisou que aos 15’ inaugurou o marcador com assistência de Manuel José, e nos descontos finais poderia ter dado a vitória aos do Bessa. O Guimarães só com remates de longe criava perigo. O Boavista sempre no contra golpe manteve os vitorianos em sentido. Na 2ª parte o Guimarães melhorou, com um jogo mais fluído dada a entrada do ala Paulo Sérgio e de uma melhoria substancial de Paíto em termos de processo ofensivo. O Vitória começou a criar algum perigo, mas só o materializou no marcador pelo inevitável Paíto num golaço do meio da rua (77’), colocando justiça no marcador.
Na luta pela manutenção o Estádio Cidade de Barcelos viu o Gil Vicente voltar às vitórias (1-0) sobre o Rio-Ave. As duas equipas entraram nervosas, dada a situação classificativa. Em termos defensivos ambas cometeram erros que originaram oportunidades de golo para os adversários. Se na 1ª parte o jogo foi equilibrado, já na 2ª parte foram os da casa que criaram mais situações de golo, sobretudo após as entradas de Luís Coentrão e Carlos Carneiro. Os dois fabricaram o único golo do encontro com o segundo a assistir o primeiro. Após o golo o jogo foi conflituoso, mas o Gil ainda teve oportunidade para ampliar o marcador, novamente, por Luís Coentrão. Com este resultado, o Gil Vicente saiu dos lugares de despromoção por troca com a Naval.
Num jogo que também se perspectivava escaldante, Paços de Ferreira e Belenenses empataram a uma bola, passando ambas a somar 38 pontos. Edson, que representará Angola no Mundial da Alemanha, inaugurou o marcador durante a 1ª parte. Apesar de a equipa do capital do móvel dominar o jogo, nem sempre conseguiu criar perigo e foi o Belenenses a empatar com um golaço do internacional sub-21 Ruben Amorim. Na 2ª parte ambas as equipas desfrutaram de boas oportunidades, com 2-1 para o Paços em bolas nos ferros. Um resultado que não compromete os objectivos das duas equipas.
À beira Sado o Marítimo garantiu matematicamente a manutenção ao vencer por 0-1, com golo de Zé Carlos (Zé do Golo, como é conhecido!) no único remate que efectuou nos 45’ iniciais. Antes do golo (aos 33’), já o Setúbal tinha desfrutado de três boas oportunidades, todas por Carlitos. A 2ª parte foi da mesma toada, com o Setúbal a atacar constantemente e o Marítimo resguardado na sua zona defensiva (fez 2 remates em todo o jogo). Os finalistas da Taça de Portugal tiveram grandes oportunidades de golo, quase sempre por Varela e Carlitos.
Em Leiria, a União empatou a 1-1 com o Estrela da Amadora (agora 39 pontos). Foi um jogo sem muita história, com João Paulo aos 35’ a permitir a defesa de Bruno Vale na transformação de uma grande penalidade. Quem não marca sofre, foi isso que aconteceu aos da casa: Rui Duarte fez o 0-1 (41’). Na etapa complementar o Estrela manteve o contra-ataque, enquanto a U. Leiria forçou ainda mais o ataque chegando ao empate por Fábio Felício a 20’ do final.
A jornada fechou com a derrota da Académica perante o Braga por 0-3. A Académica apresentou-se com dois pontas-de-lança (Gélson e Joeano), ao contrário do Brga, que desta vez jogou em 4x3x3. De facto, é neste figurino que os minhotos rendem mais, sobretudo Wender, que andou apagado quando a sua equipa jogava em 4x4x2 (em losango, portanto sem alas, desempenhando o papel de suporte dos dois avançados). A Académica entrou mais pressionante e criou duas boas ocasiões por Gélson e N’Doye (melhor em campo nos estudante), ao qual Paulo Santos se opôs. Mas o Braga na primeira oportunidade inaugurou o marcador numa fantástica cabeçada de Frechaut (21’), e poderia ter voltado a marcar em cima da hora do descanso. O Braga pelas alas moeu a defensiva adversária com Wender (Matheus nos último quarto de hora) e Luís Filipe (Pedro Costa foi defesa direito) muito activos e a servirem João Tomás ou os médios. Neste sistema o Braga evidencia grande facilidade de permuta de posições dos seus jogadores do meio-campo para a frente quando em ataque rápido ou contra-ataque. A Académica com o passar do tempo foi respondendo, desfrutando de hipóteses de empatar apenas através de bolas paradas, dada a dificuldade de penetrar na defesa bracarense – Nem foi o suporte da defesa minhota. Após Joeano atirar à barra de cabeça, João Tomás numa excelente desmarcação com tabela com Wender fez o 0-2. A partir daqui só deu Braga e, novamente, João Tomás num golo de antologia fechou o resultado, que poderia ter sido mais dilatado se o mesmo não tivesse desperdiçado mais duas boas ocasiões, bem como Matheus (reforço de Inverno). Resultado justo, que permitiu ao Braga segurar matematicamente o 4º lugar.

5 comentários:

Anónimo disse...

O que posso dizer.Dizem que sou parcial, que só vejo um lado, mas a verdade é que Somos campeões. Mas faço votos que o sporting fique em segundo. Aproveito ainda para dar uma palavra de esperança aos sportinguistas, O campeonato para o ano são so 30 jornadas.lol.
Á e como é Migas, vens ao dragão ver uma equipa a sério?? Cumprimentos, Bomboka

Anónimo disse...

Nao vou entrar em provocações bombas :), apenas keria destacar alguns jogadores k me têm surpreendido pela positiva: P.Jorge (Boavista), Paito (não é melhor k o Tello?), Joao Tomas (ja merecia 1a chamada para a selecção!),A.Madrid (impressionante o nº de recuperações de bola por jogo!),Miguelito(tem 1 enorme pulmão), Adriano (pela sua dinamica) e Hélton (melhor gk da liga)...

Anónimo disse...

So tenho pena da academica ter sido completamente roubada.

bombi nao stress tanto, a vida nao sao dois dias, para o ano que vem voces sao campeoes outra vez. o que me interessa é ganhar a liga dos campeoes, AhHAHAHAH, que piada que eu tenho.

Miguel deves te ter esquecido do: Bena,Neca,Saga,Nilson GR, Ricardo GR, Abel, Moutinho, lucho, P.Assunção, Petit, Beto, joao pinto e sem esquecer marco fereira e robert.

Anónimo disse...

Grandes jogadores há em portugal. Penso que se devia investir mais em contratações de jogadores que actuam em portugal.O Porto com jogadores maioritariamente,vindos de outros clubes portugueses ganhou tudo mo que havia a ganhar em 2003 e 2004. Mais o suporte do titulo do porto foram jogadores com esxperiência no campeonato nacional.(Raul,P Assunção, Pepe, Helton,Adriano,Pedro Emanuel).Isto comprova que em Portugal há valor, tem é de ser trabalhado.Jogadores como Miguelito, Paito, A Madrid,Saga, Bena,etc, são jogadores de grande valor e que por certo merecem a cobiça dos grandes...

Anónimo disse...

Ver um auxiliar a gesticular com a bandeira na mão, como se estivesse na formula 1 e a proferir "-Para a Rua!" , é no minimo irreal!
As advertências do jogo fazem-se através do árbitro!
Os nervos manifestados pelo auxiliar foram proporcionais aos nervos do Sá Pinto!
Aos dois era pedido uma actuação diferente! Um foi castigado o outro saiu impune!
O jogo, pese embora tenha havido falhas de baliza aberta, os 90 e tal minutos de crédito, foram jogados pela arbitragem!
Será que passaram de nivel?!!

Rui Neto